Agradecemos quem disponibilizou seu tempo para se inscrever em nossa Convocatória, compartilhando seus saberes e ações artísticas, a partir das tantas culturas que envolvem esse país. Foram 95 inscrições e, dessas, 15 foram selecionadas.
O Festival de Arte e Cultura da Agroecologia (FACA) surge a partir do 12º Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA) e está em sua primeira edição na cidade do Rio de Janeiro. Encontramos muitos desafios, mas estamos aprendendo a dissolvê-los a partir dos diálogos que envolvem a tomada de decisão sobre as propostas artísticas e culturais. Limitações técnicas, de recursos e locais disponíveis para realização, impediram que algumas proposições pudessem ser acolhidas nesse momento, ao passo que as selecionadas têm, em sua essência, a disposição múltipla de linguagens expressivas.
A pergunta geradora da convocatória tem o lema do 12º CBA como inspiração e indaga “Como a arte e a cultura alimentam a agroecologia na boca do povo?”, uma provocação que recupera o sentido da agroecologia antes mesmo desse termo existir. Uma pergunta que afirma o próprio modo de vida como fundamental na produção das formas de alimentar e ser alimentado, e abre campo para que manifestações através do corpo, da oralidade, do som, da inventividade da natureza e de resistências persistentes no contemporâneo sejam reconhecidas e acolhidas para expandir conhecimentos e fomentar formas de pensar e produzir o mundo com a diversidade de grupos e comunidades que nele habitam.
Se considerarmos que a comunicação através da arte é um punhado de saberes e que cada ser tem em si formas legítimas de expressão, muito há para fermentar e movimentar neste território em que vamos nos encontrar sobre as relações que envolvem dignidade política, soberania alimentar, emergências climáticas e a necessidade fundamental de construir (ou desconstruir) os ambientes aos quais pertencemos.
Da poética até a fricção, dos tensionamentos que se produzem com festa, o FACA convida todas/os/es para sua primeira aparição!
Alexis Montilla – Grupo Saoko
Ana Paula – Afrotelúricos
Bruna Ave Cantadeira
Bruno Alarcon – Se Meu Corpo Fosse
Dandara Ventapane – Coral o Canto das Lavadeiras
Daniella Santos e Artesãs Quilombolas do Sapê do Norte
Diego Amorim – Salve a Malandragem
Ednardo Dali
Elias Rosa – Vassoureiro
Lilia Carvalho – Sambinha Delas
Maria Ambuá – Digestão
Maximiliano Egger – Sapo Boi & Girinho
Mel Xakriabá – Sonho-raiz
Ricardo Rodrigues – Meandros da Negritude
Shirley Brito – Nós de Pano
O Festival de Arte e Cultura da Agroecologia (FACA), vinculado à 12ª edição do Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA), torna pública a convocatória de atividades artísticas para compor a programação de 20 de novembro a 23 de novembro de 2023.
Construído a partir da interação entre a cultura popular, a agricultura e alimentação, compreendendo a arte como estratégia agregadora de processos em defesa da vida e da justiça social, o Festival tem como objetivo criar múltiplos espaços de diálogo com a sociedade, tendo o direito humano à alimentação adequada e a agroecologia como eixos estruturadores.
O período de inscrições de propostas artísticas para o FACA segue até as 23h59 do dia 14 de outubro. O Festival terá espaço para quatro linguagens artísticas: música (show individual ou grupo, recital, concerto sinfônico, instalação sonora, coral, musical, dj, seresta e roda); artes cênicas (teatro, dança, circo e performance); poéticas visuais (pintura, bordado, grafite etc); e literatura (apresentação de rima/slam ou poesia).
No total serão selecionadas pelo menos 15 propostas que deverão realizar uma ocupação descentralizada com apresentações gratuitas em mais de 13 pontos do centro da cidade do Rio de Janeiro, como praças, centros históricos de expressão das culturas popular e urbana, prédios públicos e espaços com mobilidade facilitada ao público.