É tempo de ocupar as ruas com a força que a agroecologia acumulou nos últimos anos enquanto ciência cidadã, prática ancestral, movimento popular organizado e muita arte.

É tempo de navegar pelas águas da região Sudeste, de renovar as tramas que conectam as organizações sociais, os movimentos sociais, os coletivos, as Instituições de Ensino, Pesquisa e Extensão da região mais populosa e urbanizada do Brasil. Tambor, batuque, tambú, jongo e caxambu. São muitos os nomes que têm em comum práticas e ciências em torno do corpo, da dança e dos ritmos. A agricultura, como prática e ciência ancestral, não está deslocada das múltiplas cosmologias que dão contornos aos diferentes modos de vida. Pelo contrário, é de interdependência e conexão direta entre o visível e o invisível que os povos se movem. 

O jongo que nasce nas comunidades negras em meio às lavouras de café e cana de açúcar é uma das marcas desse CBA tecido pelas resistências da região sudeste do Brasil. No chão dos vários territórios que conectam os estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais assentam-se trajetórias de luta e uma vasta memória de construção da agroecologia enquanto um movimento nacional plural. 

É nesse encontro entre o jongo, a capoeira e a sanfona que a décima segunda edição do Congresso Brasileiro de Agroecologia, cada vez mais, ocupa e colore as redes, as ruas e as roças. A composição “Junta com quem tá vindo e vem” é um chamado de mobilização e convergência que tem como ponto de partida o alimento e a agricultura como arte.

Hoje, estamos há 60 dias do CBA e convidamos todas as pessoas, organizações, escolas, universidades, movimentos e coletivos,  a construir um mutirão descentralizado e solidário que desaguará no centro da cidade do Rio de Janeiro no dia 20 de novembro de 2023.

As frentes de trabalho de mobilização, acolhida e cuidados finalizam nos próximos dias os informes sobre as caravanas, o acampamento e o processo de isenção. As inscrições já estão abertas e as informações sobre hospedagens já estão disponíveis.

Nessa publicação falamos do jongo, a capoeira, a sanfona e outros instrumentos e ritmos, assim como novas informações que também compõem esse movimento, chegam em breve. Confere novamente a letra da música, grava sua versão, envia para nós, mobiliza a sua rede e vem!

Junta com quem tá vindo e vem!

Ficha técnica:

Camila Borges – Letra

Felipe Sereno – Composição, arranjos, sanfona, percussão, berimbau e voz 

Lipe Torre  – Baixo, coral, mixagem e masterização