Recebemos trabalhos que contribuem para o campo agroecológico nas suas múltiplas expressões, traduzidas de forma cuidadosa por meio dos eixos temáticos do XII CBA nos quais os trabalhos foram submetidos. Nesta edição, nos colocamos ainda diante de desigualdades estruturais que vêm se reproduzindo na nossa sociedade e se aprofundado devido ao avanço avassalador das crises climáticas e ecológicas. 

O cenário da fome se coloca estarrecedor diante nossos olhos, ao mesmo tempo em que as populações e grupos em situação de vulnerabilidade continuam sendo as mais afetadas – negras/os, lares conduzidos por mulheres, moradoras/es de favelas e áreas periféricas, agricultoras/es e povos e comunidades que convivem com insegurança hídrica e de acesso à terra e territórios. Condições que recobram atenção e proposições coletivas, colocando em evidência que ciência e política estão conectadas. 

De forma ampla, a 12ª edição do CBA nos convida a pensar a agroecologia que queremos na “boca do povo” e como a produção da ciência, em uma articulação profunda com os conhecimentos tecidos cotidianamente nos territórios, deve ser uma aliada do enfrentamento à fome, às mudanças climáticas e a qualquer desigualdade, seja ela racial, de gênero ou de classe. A ciência que defendemos, assim como as muitas agriculturas, é plural, cheia de diversidade e parte das transformações sociais e ecológicas que queremos ver.

Seguindo os acúmulos do CBA, nesta edição poderão ser apresentados trabalhos nas seguintes modalidades: Resumos expandidos (Técnico-científicos), Relatos de Experiências Técnicas e Relatos de Experiências Populares. Os Relatos de Experiências Populares também poderão ser apresentadas sob a forma de vídeo.

São considerados RESUMOS EXPANDIDOS (TÉCNICO-CIENTÍFICOS) aqueles que contenham resultados de pesquisas e estudos ou ensaios teóricos inovadores, fazendo uma análise mais profunda e conceitual que contribua com a agroecologia e em sintonia com o eixo temático escolhido.

São considerados RELATOS DE EXPERIÊNCIAS TÉCNICAS aqueles que descrevem projetos e/ou ações desenvolvidas por instituições de ensino, pesquisa ou extensão, em parceria com a sociedade civil. Os relatos não devem se restringir a aspectos descritivos ou cronológicos da experiência, mas trazer também análises e aprendizados. Embora as experiências tenham sempre um caráter local, sua importância, ensinamentos, assim como suas bases e princípios, deverão apresentar um caráter mais ampliado.

A modalidade RELATO DE EXPERIÊNCIA POPULAR, poderá ser apresentada no formato de RESUMO (texto) ou de VÍDEO. Trata-se de experiência relatada e apresentada pelos(as) próprios(as) AGRICULTORES, AGRICULTORAS, COMUNIDADES E POVOS TRADICIONAIS OU ORGANIZAÇÕES SOCIAIS POPULARES. Espera-se que esse relato apresente uma vivência contextualizada segundo os princípios da agroecologia.

Todos os trabalhos submetidos serão avaliados pela Comissão de Ciências e Saberes que decidirá pela aprovação ou não, conforme estabelecido nas normas (veja link abaixo!).

Os resumos, nas suas diferentes modalidades, aceitos e apresentados no evento serão publicados na Revista Cadernos de Agroecologia da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA-Agroecologia).