A realização da 12º Edição do Congresso Brasileiro de Agroecologia acontece pela primeira vez nesse período do ano e a organização busca chamar atenção para a data, que é uma das diversas celebrações de resistência do povo negro.
É com profundo respeito que a Comissão Organizadora desta edição do Congresso e a Diretoria da ABA-Agroecologia, apostam na abertura de suas atividades na tarde de amanhã, mas não propõem atividades específicas sobre a data reconhecendo e exaltando as atividades historicamente construídas sobre esse chão.
A cidade do Rio de Janeiro reúne o samba, o carnaval, comunidades quilombolas, as favelas, grupos culturais, terreiros, pesquisadores, grupos de dança, teatro e diversas outras artes que reescrevem a história do povo negro no Brasil. Nesta data, que foi construída historicamente pelos movimentos negros, é tempo de olhar para as narrativas que contam as verdadeiras histórias sobre as diversas formas de conhecimento e ciência produzidas pelo povo africano que chegou no Brasil.
A cidade do Rio de Janeiro abriga locais como o Cais do Valongo, lugar que passou anos soterrado como a expressão material do apagamento da memória da população negra da região. Por isso, se faz necessário resgatar e ressignificar memórias como essas para que as violências coloniais sejam aos poucos transformadas em busca de reduzir o racismo estrutural na nossa sociedade.
O credenciamento começa às 9 horas, o cortejo começa às 16 horas e a conferência de abertura será realizada às 17h30. Desde a parte da manhã, até o momento de realização das atividades, convidamos à todas e todos para que possam fortalecer essas iniciativas.
Cortejo da Tia Ciata
Percurso tradicional | Concentração às 10h
Centro de Artes Calouste Gulbenkian e caminhada até o busto de Zumbi, na Praça Onze.
Samba da Dida: roda de samba | 15h às 21h
Muhcab (Rua Pedro Ernesto 80, Gamboa)
Entrada franca. Livre.
Jongo da Serrinha – 60 anos
Jardim da Cidade das Artes | Entrada franca | 17h30
Show sobre a trajetória desse relevante grupo referência da cultura afro-carioca e leva a Cidade das Artes a tradição do jongo com os mais variados instrumentos e figurinos da época para contar a ligação com a África e a história dos jongueiros, que vieram para os morros do Rio com a libertação do povo negro. O Grupo Cultural Jongo da Serrinha se apresenta na Cidade das Artes com 24 integrantes, sendo: 3 cantoras, 6 músicos, 14 jongueiros e 1 produtor.
Peça da Cia dos Mysterios na Praça Mauá
“Chegança do Almirante Negro na Pequena África” é um auto popular brasileiro que entrelaça intimamente essas raízes e revela a nós brasileiros parte essencial da nossa memória e identidade:
http://ciademysterios.com/espetaculo&id=cheganca-do-almirante-negro-na-pequena-africa
Peça Ninguém sabe o meu nome | 19h | Teatro de Câmara – Cidade das Artes
História de uma mãe preta de meia idade que se pergunta como deve educar seu filho para enfrentar uma sociedade que não o reconhece como igual. Em cena, a atriz Ana Carbatti – indicada ao Prêmio Shell e ao APTR pelo papel – se múltipla em muitas vozes e corpos, cujas expressões são as premissas do projeto.
Entrada: a partir de R$30 na bilheteria da Cidade das Artes ou no site da Sympla.